29 de novembro de 2008

NÃO ENCHE

Hoje eu vou me permitir que falem por mim. Já não há mais o que acrescentar sobre tudo isso. Já foi visto, dito, ouvido. Agora passa a ser também esquecido. Para que tudo fique bem, fique mais leve. Ninguém morre por certas histórias como não vive no passado e no presente ao mesmo tempo.
Então, que os ciclos se encerrem e as novas etapas tragam um outro sol, uma outra luz. Música boa.
Vida diferente.
Nós somos a construção de acontecimentos, momentos que passaram. Mas não sou só isso. Não quero que lembranças me bastem.
A janela tá aberta para o mundo.
E tudo que eu vejo ainda me encanta.
E também não é só "apesar de" que vou continuar. Mas, "por causa de" não encerro aqui a minha vida.
O mais importante: carregar um velho amor no coração é "amar mesmo assim" e mais...
Virei a página do diário.
Caetano Veloso e o que eu grito:
*
*




Me larga, não enche
Você não entende nada e eu não vou te fazer entender
Me encara de frente: É que você nunca quis ver, não vai querer, não quer ver
Meu lado, meu jeito
O que eu herdei de minha gente e nunca posso perder
Me larga, não enche
Me deixa viver, me deixa viver, me deixa viver, me deixa viver

Cuidado, ô xente!
Está no meu querer poder fazer você desabar
Do salto, nem tente
Manter as coisas como estão porque não dá, não vai dar
Quadrado, demente
A melodia do meu samba põe você no lugar

Me larga, não enche
Me deixa cantar, me deixa cantar, me deixa cantar, me deixa cantar
Eu vou Clarificar a minha voz
Gritando: nada mais de nós!
Mando meu bando anunciar:
Vou me livrar de você



Harpia, aranha
Sabedoria de rapina e de enredar, de enredar
Perua, piranha
Minha energia é que mantém você suspensa no ar
Pra rua! se manda
Sai do meu sangue, sanguessuga que só sabe sugar
Pirata, malandro
Me deixa gozar, me deixa gozar, me deixa gozar, me deixa gozar

Vagaba, vampiro
O velho esquema desmorona desta vez pra valer
Tarado, mesquinho
Pensa que é o dono e eu lhe pergunto: quem lhe deu tanto axé?

À-toa, vadio
Começa uma outra história aqui na luz deste dia D:
Na boa, na minha
Eu vou viver dez
Eu vou viver cem
Eu vou viver mil
Eu vou viver sem você

21 de novembro de 2008

ERRO

postei o texto que explica tudo isso aqui.
a nova cor, a nova foto. explica o novo. explica a volta.
mas, por erro que não pude mudar, o texto está com a data de 25/10: casa nova.


Att: o autor

16 de novembro de 2008

SEM TÍTULO

FORA DO AR. MOMENTANEAMENTE.
MOTIVOS PESSOAIS DO AUTOR.
RETORNO ASSIM QUE ENCONTRAR INSPIRAÇÃO.
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P.S.: eu avisei que era só uma tentativa.

14 de novembro de 2008

12/11

Eu viveria os mesmos 21 anos.
Passaria pelas mesmas chuvas. Queimaria no mesmo sol.Caminharia na ruas de antes como sempre fazia.Soltaria a pipa, aprenderia a peripécias e choraria de dor como faz toda criança.Sonharia com um mundo particular outra vez.E que todos os dias começem e terminem como neste 12/11. Com barulho, abraços, silêncios, conversa. Muitos risos. Com todas as surpresas e as presenças tão queridas. Carinho maior do que mereço. Eu esperaria 21 anos para viver isso outra vez.
É bom olhar pra trás. Mas é bom olhar da janela e não retomar a estrada.É preciso seguir em frente. Rumo à esse horizonte infinitamente confuso, construído a cada segundo.
O meu desejo para os próximos 21 anos é que as flores sejam as mesmas, que a lua nunca se atrase, que o meu amor esteja bem, seja onde for, que o mar não perca o azul, nem as novas ondas. Que as minhas amizades carregem de mim sempre tudo que eu possa ofereçer. Minhas verdades e o melhor melhor.
Eu viveria tudo,sim, mas espero os anos que estão por vir. Anciosamente.
Espero as novas manhãs, os novos lugares, outras músicas.
Pelos próximos 21 anos eu me torno forte e fiel.
Toda essa coragem porque nunca estive só.
Aos próximos 21 anos meus grandes sonhos, planos e desejos.
Mais Juliana para os anos que estão chegando...





11 de novembro de 2008

Desafios

A vida nos impõe inúmeros desafios.
Viver seria uma olimpíada. Então, atletas que somos, saltar os obstáculos é uma atividade fixa do cardápio.
Com o decorrer dos anos alguns deles se tornam mais fáceis. O que não os deixa menos importante. Isso jamais.
Mas os grandes desafios são aqueles impostos pelos nossos sonhos. Os que sonhamos durante uma vida... Fechamos os olhos e nos vemos em algum lugar, fazendo determinada coisa, perto de certa pessoa. Esses são os sonhos que nos impulsionam, dão força.
O problema é que as vezes eles parecem tão distantes... Tão inalcançáveis que, de repende, sentimos vontade de desistir. E desistimos, o que é pior. E esquecemos que um dia foram os planos desejados para o futuro. E, assim, fazemos fila com aqueles que usam sempre o "quase" em tudo que diz. "Quase fiz aquela viagem", "quase comprei o carro", "quase passei no concurso".
Ou usa-se o "se": "se eu tivesse viajado", "se eu tivesse comprado o carro", "se eu tivesse passado naquela prova".
Garra e determinação fazem o atleta chegar ao Km final numa maratona. Perseverança e ousadia ajudam na chegada ao pódium. Não desistir do sonho permite realizá-lo.
Com muito trabalho, claro. Com suor no rosto, braços cansados e alma lavada.
Com força de vontade e coragem.
E se a derrota chegar antes da vitória, deve ser respeitada. Ainda há o que se melhorar.
O Ministério Público é um plano. Quer dizer... É muito mais que isso: eu falo de um sonho.

"É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos e glórias, mesmo expondo-se a derrota, do que formar fila com os pobres de espírito que nem gozam muito nem sofrem muito, porque vivem nessa penumbra cinzenta que não conhece vitória nem derrota".

Theodore Roosevelt

9 de novembro de 2008

RIO

Heráclito: "Não se pode entrar duas vezes no mesmo rio."
Concordo plenamente.
As coisas mudam com o tempo.
Principalmente, nós mudamos com o tempo.
A vida é uma sucessão de momentos. São pedaços construídos ao longo de muitos dias, horas, minutos. O passado não volta... Não revivemos esses momentos, mesmo se estivermos outra vez com os mesmos pedaços. O tempo em nós é como o vento que bate todos os dias em uma rocha: lapida, muda, dá forma.
Ao voltarmos à velha casa, a fechadura da porta tem um ferrugem nova, e nós temos os cabelos brancos. Embora seja a mesma casa e a mesma face.
É necessário deixar a água do rio passar, e a corrente precisa mesmo correr para o seu mar. Tudo isso faz com que as margens mudem porque quando a correnteza passa arrasta pedras e folhas sedimentando-a.
Jamais vamos entrar no mesmo rio duas vezes. Não será o mesmo rio, não serão as mesmas águas.
O homem também mudou. É como se fosse uma colcha de retalhos: marcas e cicatrizes, lembranças e experiências que preenchem e trasnformam.
E é preciso aceitar tudo isso, conviver com a fulgacidade que movimenta a vida. Sobreviver quando acabar o que era efêmero. Aquela brasa que se apagou um dia... A nova fogueira será diferente.
Não deve haver desespero porque o rio continua no campo e o homem ainda está vivo. É só uma questão de adptação.
"Aqui dentro sempre como uma onda no mar."

8 de novembro de 2008

VOLTA

Querido blog! Saudades.
Ver essa página em branco e depois reler o que estou contando só aqui... Ah!
Por todo esse tempo, querido blog, quis vir e te falar dos meus dias. Houveram tardes e noites especiais. Houve música e conversa.
Querido blog, também sentiu a minha falta?
Pensei se estaria se sentindo só ou pensando que eu o havia abandonado.
Não. A minha tentativa deu certo. Se pudesse teria vindo. Mas aconteceram tantas coisa que me impediram.
Embora não justifique, gostaria que me perdoasse.
O perdão! Ah, meu querido, o perdão causa-me espanto. Perdoei.
E foi quando percebi que não importa o quanto eu me importe, algumas pessoas apenas não se importam. E eu as aceito mesmo assim. Os minutos correm, o dia passa. Foi melhor perdoar antes do pôr-do-sol... Quando for escuridão estarei serena.
Estou confusa com a resposta que dei. Talvez não fui tão clara e causei mal entendidos. Mas já não é o momento de pensar nisso. A palavra dita não volta atrás. Assim como foi com aquela oportunidade perdida. Não quero mais que meu coração fique assim, encolhido num canto. Por isso, foi decisão minha e promessa a você mudar de conversa. Não digo que não espero. Podem se passar 9 anos. Só não quero sentir esse tempo passando... As fotografias estão guardadas, não esqueçerei do que elas gravaram.
Tive dias alegres. Tive sorte.
A cada dia que passa tento aprender a viver com menos correntes, com a armadura mais frouxa, guardando as armas num baú. Por mais forte que estejam as minhas muralhas estou com esperanças. Ouvi dizer que flores amarelas furam asfalto. Tive dias alegres. Manhãs de sol. Uma pedra vai cair de cada vez.
Ahhh, meu querido blog, tardes de aconchego. Uma viola dedilhada, uma conversa meio matrera e uma vida inteira pela frente. Tive foi sorte. Copo com gotas a mais. São gotas a mais no copo.
Os medos ainda andam por aqui se quer mesmo saber. E não mudaram tanto de cara. Mas tirei a poeira de velhos livros. Estou enfrentando as mudanças. Preciso encará-las para sentir que caminho com tempo, que me arrasto porta à fora. Quando viro o disco na vitrola escutos canções que já soam como antigas. As horas estão passando no relógio agora. Nada o faz parar. Há novas cantigas também! O mundo está girando da mesma forma, sim, mas já se fala em uma Casa Branca com outra cor. São as mudanças. O futuro estar por vir.
Querido blog, o movimento da vida está me levando. Me puxa.
Por todos esses dias que estive sem você também houve angústia. Por isso senti tanta saudade. Teria me escutado com essa paciência. Saberia esperar até que eu encontrasse a palavra certa. Assim... desse jeito de agora. Angústica que passa quando solto minhas asas. Quando o acelerado trote do cavalo faz a ventania rasgar meu rosto, minha alma, minha memória.
Confesso que apesar do entusiasmo também ando cansada. Não se preocupe. Resisto e insisto.
Tenho ainda muitas coisas para contar. Só que nós dois agora precisamos descansar.
Meu querido blog, a página não está mais fria. E não esqueça que voltarei, passe o tempo que passar.