22 de março de 2010

Uma amiga querida tem uma frase que, embora drástica, é a melhor que posso usar agora:
"Vida, pisa devagar!"
E é isso mesmo... se é preciso pisar, será que não dá pra ser aos poucos? Ou melhor, será que não dá pra avisar antes de me atirar ladeira à baixo, tirar meu trem dos trilhos?
Porque se perder de si mesma é estar à beira do descontrole. Quando as rédeas soltam das nossas mãos já não se pode nem prevê o ponto de chegada.
Por isso, penso eu, quando tudo isso está fervilhando, quando tudo parece ter perdido o rumo, o melhor a fazer é olhar pra dentro de si. Coração não se engana! Não sei se a mesma amiga já disse isso, mas com certeza pensa assim...
Não está nos livros, nem tampouco em hipóteses. É dentro de nós que se encontram as respostas. A força que nos devolve a direção. Coração é bússula também.
Momentos assim ajudam a colocar "a casa em ordem". Calmaria nos conduz à displicência...
Eu estou rolando nessa ladeira... Sinceramente, pode ter sido eu mesma que me joguei. Confesso que há o medo sobre em qual pedra eu vou me bater. Mas há também a esperança de ser a mesma pedra um apoio.
É o coração quem vai dizer.
Tomara que eu saiba escutar.
E quanto à minha amiga... Já que a vida pisa mesmo, desejo-lhe as pedras para te ajudarem a parar. E um coração que fale mais alto.

21 de março de 2010

Um velho amor é como aquela casinha no campo. Tão distante.
Um velhor amor é aquele que nunca nos deixa só. Tão presente.
Um velho amor é o que mais nos ensina. Tão sábio.
O velho amor é o que mais dói.
Tão verdadeiro.

15 de março de 2010

Me apavoro com esses momentos!
Quando tudo parece fugir de um controle mínimo de previsão, eu me torno a mais vulnerável das criaturas!
Haviam duas possibilidades no mural da noite: na verdade, poderia nem distingui-las, tamanha a semelhança entre ambas... Mas, enfim, talvez eu as diga "diferentes" porque me impõem uma escolha. Aliás, falar que a vida é cheia de escolhas e suas consequências são de efeito irreversível iria me tangenciar completamente do presente assunto e, por conta disso, jamais despejaria aqui meu descontrole.
Voltando...
Hoje a noite poderia acabar tranquila. E muito boa, já que uma "chuva" da processualística civil iria me inundar de prazer intelectual. Entretanto, no ápice da minha vida devastada por sentimentos controversos, vejo diante de mim a possibilidade de uma noite atípica. E repito: a duplicidade é péssima! Se a coisa tivesse sido singular eu agora não estaria aqui... E todo o meu texto seria como hoje o céu está belo, as pessoas felizes... com um coração disparado de felicidade. O coração é umórgão que dispara por diversos motivos, descontrole, por exemplo.
E, claro, fiz a escolha errada! Por que? Pela causa mais banal de todas: quis as duas. Depois, escolhi a 2ª opção. E depois? Me equivoquei nas explicações.
Como se aprende a fazer da melhor maneira? Talvez seja a mesma coisa que fazer a mala para passar uns dias num lugar desconhecido... Só depois se saberá dos erros.
Enfim... com tudo que acontece nas nossas vidas é inevitável não levar sempre uma mala pesada.
Boa noite.

14 de março de 2010

A vida se mostrando cada vez mais dona de si.
Seguem os dias no passo a passo, sem perder a compostura, mas quem irá negar que os fatos dependem muito de quem os conduz? De quem protagoniza essa caminhada?
Não me apavora não ter o roteiro do dia seguinte, nem a decisão sobre o "bom" tempo e o amor, inclusive, continua nos classificados do jornal.
Tenho visto só rascunhos sobre o futuro.