8 de novembro de 2008

VOLTA

Querido blog! Saudades.
Ver essa página em branco e depois reler o que estou contando só aqui... Ah!
Por todo esse tempo, querido blog, quis vir e te falar dos meus dias. Houveram tardes e noites especiais. Houve música e conversa.
Querido blog, também sentiu a minha falta?
Pensei se estaria se sentindo só ou pensando que eu o havia abandonado.
Não. A minha tentativa deu certo. Se pudesse teria vindo. Mas aconteceram tantas coisa que me impediram.
Embora não justifique, gostaria que me perdoasse.
O perdão! Ah, meu querido, o perdão causa-me espanto. Perdoei.
E foi quando percebi que não importa o quanto eu me importe, algumas pessoas apenas não se importam. E eu as aceito mesmo assim. Os minutos correm, o dia passa. Foi melhor perdoar antes do pôr-do-sol... Quando for escuridão estarei serena.
Estou confusa com a resposta que dei. Talvez não fui tão clara e causei mal entendidos. Mas já não é o momento de pensar nisso. A palavra dita não volta atrás. Assim como foi com aquela oportunidade perdida. Não quero mais que meu coração fique assim, encolhido num canto. Por isso, foi decisão minha e promessa a você mudar de conversa. Não digo que não espero. Podem se passar 9 anos. Só não quero sentir esse tempo passando... As fotografias estão guardadas, não esqueçerei do que elas gravaram.
Tive dias alegres. Tive sorte.
A cada dia que passa tento aprender a viver com menos correntes, com a armadura mais frouxa, guardando as armas num baú. Por mais forte que estejam as minhas muralhas estou com esperanças. Ouvi dizer que flores amarelas furam asfalto. Tive dias alegres. Manhãs de sol. Uma pedra vai cair de cada vez.
Ahhh, meu querido blog, tardes de aconchego. Uma viola dedilhada, uma conversa meio matrera e uma vida inteira pela frente. Tive foi sorte. Copo com gotas a mais. São gotas a mais no copo.
Os medos ainda andam por aqui se quer mesmo saber. E não mudaram tanto de cara. Mas tirei a poeira de velhos livros. Estou enfrentando as mudanças. Preciso encará-las para sentir que caminho com tempo, que me arrasto porta à fora. Quando viro o disco na vitrola escutos canções que já soam como antigas. As horas estão passando no relógio agora. Nada o faz parar. Há novas cantigas também! O mundo está girando da mesma forma, sim, mas já se fala em uma Casa Branca com outra cor. São as mudanças. O futuro estar por vir.
Querido blog, o movimento da vida está me levando. Me puxa.
Por todos esses dias que estive sem você também houve angústia. Por isso senti tanta saudade. Teria me escutado com essa paciência. Saberia esperar até que eu encontrasse a palavra certa. Assim... desse jeito de agora. Angústica que passa quando solto minhas asas. Quando o acelerado trote do cavalo faz a ventania rasgar meu rosto, minha alma, minha memória.
Confesso que apesar do entusiasmo também ando cansada. Não se preocupe. Resisto e insisto.
Tenho ainda muitas coisas para contar. Só que nós dois agora precisamos descansar.
Meu querido blog, a página não está mais fria. E não esqueça que voltarei, passe o tempo que passar.

4 comentários:

Ianna disse...

Ju, às vezes a gente aprende a pular alguns dos maiores muros do mesmo jeito que a gente brincava de elástico quando era menor(você brincava de elástico?), às vezes a gente tropeça no paralelepípedo na rua. Por isso, algumas armaduras se fazem realmente necessárias... O resto pode jogar fora mesmo que só atrapalha os abraços.
Minha amiga, queria saber enfrentar a beleza das coisas difíceis da vida com tanta leveza, assim como você. Bailarina da vida essa Ju.

Faz bem saber que os sábados são furados e os domingos recompensados. Vale toda a paranóia de uma boa escolha.
=)

Beijo Beijo

PS: depois eu comento meu comentário com você. =P

Lívia. disse...

Que bom ler vc de novo, Ju, e com tantas coisas boas misturadas. Ainda que reste alguma angustia.
Bom saber de um perdão antes do pôr-do-sol. Bom saber que as horas tem passado... elas tem que passar e a gente tem que saber que elas estão indo.
Bom saber que o coração já não pode mais viver encolhido num canto qualquer: coração nenhum aceita uma vida assim por muito tempo. É injusto demais com o que ele pode oferecer.
Bom saber que as manhãs tem sido de sol e as tardes de aconchego. Bom saber que a Casa Blanca agora terá outras cores.

Foi uma volta "fantástica", Ju! ^^

Quanto as palavras ditas, realmente, não voltam atrás. Nem precisariam. Elas foram ditas mas não levaram outras palavras nossas com elas.
Do mesmo jeito a oportunidade perdida. Tantas outras por aí... Porque "a vida é a arte do encontro embora haja tanto desencontro pela vida".

E, sem dúvidas, as flores vencem os asfaltos!

Bem-vinda de volta!!! =)

Anônimo disse...

Ianna,

Eu brincava muito de elastico. Mas tinha que fazer isso escondido porque Joe, minha professora do ballet, dizia que ia deixar o pé torto! ahuahaa
os abraços fazem minhas armaduras ficarem frouxas!
beijos! grandes!

Anônimo disse...

Livinha,

os comentários que eu leio aqui são outros "posts", outros textos!
hauhauhaua
releitura fantástica!

bjo!